segunda-feira, 26 de abril de 2010

MARTA ANDERSON POR BERTA LORAN


Conheci Marta Anderson ao dirigir uma revista no teatro Brigite Blair. Precisávamos de uma vedete e a Brigite me trouxe a Marta, uma jovem bonita, alta, cintura fina, bumbum saliente, sensual. Louríssima, tipo Marilyn Monroe. Trajava roupa justíssima que constrastava com amaneira de me tratar : Sra. Dona Berta prá lá, Sra. Dona Berta pra cá. Tinha o jeito de ser uma sinhazinha tipo ano 1800 e a exuberância de uma vedete de teatro do tempo do Walter Pinto, pelo menos na aparência ...
Na época, dizia-se casada com um rapaz de quem apanhava muito e me intrigava ver aquela moça tão meiga e linda chegar aos sábados no teatro com um olho roxo e manchas pelas coxas.
Muitas águas rolaram, quando eu soube que ela, Marta teve uma doença que quase lhe destruiu a vida, o que me penalizou demais. Tempos depois, graças a Deus, soube que tinha se curado.
Tornei a encontra-la, anos mais tarde, no programa "A Festa É Nossa", na TV Globo, Marta continuava a mesma moça gentil, respeitando tudo e todos, apesar de bastante avançada até mesmo para o meio artístico.
Agora através desses seus relatos, consigo conheçe-la melhor. Apesar de pouca intimidade que tivemos, sinto que essas histórias são verdadeiras, são contos tirados de sua vida e observação do cotidiano. E toda verdade é bonita.

Berta Loran - Prefácio da auto biografia de Marta Anderson / "Eu, Marta Anderson - Marquesa De Vila Velha / 1984

domingo, 25 de abril de 2010

BIOGRAFIA

Biografia publicada na Enciclopédia do Cinema Brasileiro

Um dos nomes mais conhecidos da pornochanchada, cultuada por inúmeros cineastas, entre os quais Julio Bressane com quem fez "O Rei Do Baralho" e "Gigante Da América". De origem modesta, decide ser atriz após concluir o curso de Magistério em Vitória. Elege-se Miss Espírito Santo, conseguindo projeção suficiente para tornar-se a vedete de Carlos Machado e ingressar na televisão, onde participa de algumas novelas.
Personifica um novo tipo de loura sedutora. As comédias eróticas que interpreta dão-lhe fama, levando-a a trabalhar com nomes importantes como Carlos Reichenbach, em Império Do Desejo. Problemas de saúde e a chegada do filme de sexo explicito forçam uma interrupção de sua carreira. No inicio dos anos 80 escreve sua precoce autobiografia, A Marquesa De Vila Velha.